Monday, 20 July 2015


PRAIA DE WIMBE, só podia ser este o meu cabeçalho, por todos os motivos que me ligam a esta beleza  do Índico. Só podia ser esta forma de iniciar este meu BLOG. Como nunca é tarde de mais, aqui estou pelo incentivo de amigos na criação deste espaço, que por falta de tempo e paciência, fui sempre adiando o óbvio. Acabei por ganhar forças e aqui estou, todavia, espero pela vossa ajuda, na opinião, nas criticas, ideias, para o melhoramento deste projecto que acabo de abraçar.

Neste primeiro "post", nada melhor que incluir um artigo que escrevera há tempos, no Jornal Noticias precisamente, homenegeando a famosa praia de WIMBE. 

HOMENAGEM A BAÍA DE PEMBA

Quis o destino e a coincidência que o objecto desta minha primeira crónica fosse iniciar-se precisamente com um tema referente à cidade de Pemba, do qual sou orgulhosamente, natural.
Dia 24 de Maio é já uma data histórica para Moçambique e para os pembenses em particular, pois a UNESCO, aprovou esta data como Dia de Baía de Pemba, uma das mais belas do mundo. Pelo patriotismo dos pembenses, imagino a euforia que lhe irá na alma neste momento.
Antes de mais é preciso congratular, quer directa quer indirectamente, todos que estiveram envolvidos neste brilharete, que resultou num acontecimento de reconhecimento mundial.
De destacar o nome de Alberto Chipande, o tal do primeiro tiro para o ínicio da luta armada contra o colonialismo português, fazendo com que festejemos já este mês 33 anos de Indepência nacional(este artigo fora escrito a 3/6/2008), que foi uma vez mais a "chave" para a conquista deste "trófeu".
A cidade de Pemba, terra dos famosos Nuro Americano, Amade Chababe, Issa Tarmamad, maestros do futebol nacional, para além de outros, destacar Mahomed Galibo, personagem que dispensa qualquer apresentação e um ícone na informação, primeiro na Rádio e depois na Televisão nacional, é um local "pacato", mas que acolhe com toda a hospitalidade todos os que a visitam para um merecido descanso nas suas belas àguas do mar.
 
Por estar a viver na Inglaterra, em  conversa com os ingleses que não conhecem nossa terra  dentre tantas coisas que me foram questionando, disse-lhes o seguinte: "há poucos dias a minha terra natal fora galardoada com a distinção de uma das mais belas baías do mundo. Outrora nos anos sessenta, salvo erro, essa mesma baía fora considerada a número três do nosso globo. Ora o que é natural e dádiva de Deus, ninguém pode destruir, felizmente. Que a baía de Pemba, com uma extensão de 200 quilómetros aproximadamente, se situava a norte do país no Oceano Índico, onde as águas calmas e quentes com tons azul-esverdeados “chamam” à vista de todos. Que nessa bela baía há diversidade de ecossistemas, tais como o desfiladeiro de mangais, coqueiros, cajueiros, a variedade de pássaros marinhos, de peixes, comida boa, fresca e à fartura! As águas límpidas das praias do Wimbe e da Maringanha permitem-nos observar a olho nu, nas suas profundezas, variedades de corais e sua vegetação que está muito bem conservada. Disse-lhes também que há hotéis mesmo à beira-mar, como o “Nautilus”, o “Caracol” do amigo Júlio e mais: um magnífico hotel de cinco estrelas, construído há bem pouco tempo, que faz inveja a muitos, incluindo países da Europa.

Só não lhes disse que havia um senão, é que no passado havia a cultura pouco “ortodoxa” das pessoas defecarem ao ar livre nas praias, deixando as suas “marcas” bem assentes! Espero que as autoridades locais tenham posto cobro a esta situação em prol do desenvolvimento!

Porque falei em cultura, introduzi para além da arte makonde e o pau-preto as danças tradicionais do “tufo” e “mapiko” que são uma referência única, assim como a beleza da mulher “macua” com o seu “shiro” na cara para o alisamento da sua pele e as típicas palhotas à beira-mar do Paquitequete, que devem ser vistas “in loco”!

Os meus interlocutores ficaram atónicos e de queixo caído! Uns já pensam fazer esta viagem histórica para um mundo que desconhecem, se forem bem sucedidos(não tenho dúvidas que serão), outras portas abrir-se-ão, em prol de desenvolvimento da minha terra e da minha gente.

Eu estou fazendo a minha parte deste lado da Europa, "vendendo o peixe" a barato, os pembenses terão que fazer a sua."












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